Ela estava cansada de ser um pouco. De ser metade. De ser o meio termo da vida dele. Ela decidiu que valia mais, valia muito mais o incerto de tentar ser feliz e arriscar tudo, do que conformar-se em ser um pouco. Quando ela o deixou ir embora, ela não derramou sequer uma lágrima. Ela não gritou não esperneou, não pensou que fosse morrer, pelo contrário... Nunca se sentiu melhor. Porque de todas as decisões que tomou... Afastar ele foi com certeza a melhor delas! Não a ache arrogante, vingativa ou maldosa, porque de fato no fundo ele sabe que ela não é nada disso. Ela é apenas realista. Ela quer ser feliz! E fará qualquer coisa pra isso!
Agora na calada da noite, quando nem mesmo o barulho do vento resolve à acompanhar nas suas noites de insônia, ela fica pensando: Porque eu aturei tanta coisa? Porque eu jurava que ele mudaria? Porque eu pensava poder mudá-lo? Ela sabe a resposta... Porque ela acreditava cegamente em milagres. Foi então que ela conheceu a sua felicidade plena, segura e sincera. Ela estava aqui, o tempo todo... Dizendo à ela o quanto queria abraçá-la e fazer com que todos os seus medos e as suas sensações forcadas fossem embora.
A sua felicidade certa era perfeita de mais para existir. A sua felicidade certa na verdade tinha nome e sobrenome. Ele era requintado de mais para dizer-lhe qualquer coisa que pudesse feri-la ou até mesmo magoá-la. Ele era como uma tempestade numa noite escura. Misterioso, jovem e irresistível. Mas havia muito mais envolvido... Havia dignidade, havia respeito e havia também ela, completamente atordoada e perdida da forma como sempre fora. Ele tinha aquele sabor de quero mais, aquele toque do destino, ele à fazia querer provar-lhe... Ela queria se perder nas suas costas e abraçá-lo tão forte pra que ele nunca, em hipótese alguma fosse embora e levasse consigo a mais completa felicidade que havia restado à ela. Ele era dela! E ela fazia questão de contar pra todo o mundo o quanto ele à fazia feliz. O quando ele fora tudo aquilo que ela procurava em tantos outros. Ela dizia sempre que os olhos dele, pra ela, eram um enigma, ela nunca conseguiria desvendar ao certo... Ele nunca se tornaria previsível. Ele era assim... Perfeito pra ela!