Às vezes eu me pego pensando no por que. Porque será que eu chorei tantas noites por ele? Porque será que eu sofri tanto por ele? O que eu pensava na época? Eu já nem sei mais discernir. Eu já não me entendo mais, já não consigo dizer se tudo aquilo me fez bem ou não. Já jurei amor eterno por alguém, e esse alguém fez o mesmo por mim. Mas sinceramente, onde eu estava com a cabeça? Já ouvi tantos “eu te amo” como se fosse “bom dia”. Lembro-me daquela noite que eu afoguei minhas mágoas no meu travesseiro, solucei, chorei, gritei, amei, odiei, sofri e quase morri de tristeza. Eu disse bem, quase. Na verdade todos têm um pouco disso mesmo, acreditamos que aquele que amamos vai ser pra sempre. Pra ser sincera eu já nem sei mais se acredito no “feliz para sempre”. Não me leve a mal, não quer dizer que eu não acredite na felicidade. Só não acredito na felicidade que tantos crêem ser verdade. Aquela que nossos pais nos pregam quando somos apenas crianças brincando no balanço no parque. Um dia você vai crescer, e encontrar o homem da sua vida, que vai amá-la e te fazer feliz. E ai nós crescemos, esperando o príncipe encantado chegar em um cavalo branco e nos levar para nosso castelo com um lindo jardim á espera da felicidade plena. Não existe. A realidade é outra: Nós crescemos, nos apaixonamos, juramos amor eterno, quebramos a cara, sofremos, choramos, nos apaixonamos de novo e mais uma vez nosso coração se quebra. E muitas vezes esse tal de príncipe encantado não aparece.
Então não me leve a mal se não acredito nesse negócio de felizes para sempre. Mas cá entre nós, a Cinderela, Branca de Neve, Pequena Sereia e assim por diante, viveram em outro mundo, não nesse daqui que chamamos de terra. Lá, os pássaros falam, os riachos são limpinhos, o príncipe aparece, salva a princesa, lhe da um beijo e eles se casam vivendo felizes para sempre. Eles se casam se conhecendo a poucas horas, e juram amor eterno. Isso não é real. Porque ninguém continuou a história contando como foi à vida de casado deles. Porque eu tenho certeza que se contassem nenhuma criança acreditaria em contos de fadas.
Então eu proponho que ergamos nossas cabeças e saiamos à luta pela felicidade, encontremo-la em uma esquina bem movimentada de Londres e tomemos um cappuccino com ela. Quem sabe assim viramos amigas. Um brinde, Tim-Tim.
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